Ex:
O Incêndio de Roma
Olavo Bilac
Raiva o incêndio. A ruir, soltas , desconjuntadas,
As muralhas de pedra, o espaço adormecido,
De eco em eco acordando ao medonho estampido,
Como a um sopo fatal,rolam esfaceladas.
E os templos, os museus , o Capitólio erguido,
Em mármor frígido , o Foro, as erectas arcadas,
Dos aquedutos, tudo as garras inflamadas,
Do incêndio cingem, tudo esbroa-se partido.
Longe, reverberando o clarão purpurino,
Arde em chamas o Tibre e acende-se o horizonte...
-Impassível, porém, no alto do Palatino.
Neto, com o manto grego ondeando ao ombro, assoma,
Entre os libertos, e ébrio , engrinaldada a fronte,
Lira em punho , celebra a destruição de Roma
Como pode-se ver não há uso de metáforas, mas sim uma visão clara do fato que quer ser descrito,
um jeito artístico de história em forma poética.
Abaixo um vídeo sobre o parsianismo produzido pelo grupo.